Além do mundo virtual

O Campus Party Brasil foi um grande caldeirão de notícias para as rádios, jornais, revistas, emissoras de tvs, blogs, que estavam lá no prédio da Bienal do Ibirapuera acompanhando o maior evento de entretenimento e tecnologia do Brasil.

Mas e se de repente, por um acidente ou outra causa qualquer que viesse a impedir o funcionamento de todo aquele aparato eletrônico, todos tivessem que ficar desconectados por toda uma semana, isolados e sem comunicação?

Após uma semana agitada no prédio da Bienal, dormindo poucas horas ao dia para aproveitar ao máximo o evento, me isolei por 3 dias em um sítio de Pilar do Sul, uma pequena cidade do interior do Estado de São Paulo, sem internet, celular, revistas ou jornais, para verificar o que seria de mim sem a tecnologia.

Primeira conclusão:

Um notebook sem internet é uma mera maquina de escrever. A ansiedade por informações e contatos com os amigos chega a incomodar até o ponto que você decide que não há outra solução e vai procurar outra coisa para fazer pois há vida além do mundo digital.

Segunda conclusão:

A tecnologia, se não for usufruída e utilizada de um modo racional, acaba afastando o homem do contato com o seu meio ambiente. A vida de muitos se resume a acessar a internet, enviar e-mails, conversar com os amigos através de programas de mensagens instantâneas e acabam se esquecendo que o contato com a natureza é importante para o homem.

Terceira conclusão:

É importante que em projetos de inclusão digital, a informática seja apresentada como uma ferramenta facilitadora para a vida do homem e não um processo que venha a dominar o seu dia a dia, afastando-o do convívio com as pessoas no mundo real.

Como foi dito durante a semana do Campus Party Brasil, a internet é uma rede de pessoas e não de computadores, e sem elas a rede não existiria.

Que as novas tecnologias sejam utilizadas para alavancar projetos sociais e colaborativos com o intuito de aumentar a participação e a qualidade de vida dos cidadãos na sociedade em que vivemos.

Um bom exemplo disso é o projeto Click Arvore, mantido pelo Grupo Abril, a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Vidágua. Acessando-se o site http://www.clickarvore.com.br é possível plantar uma árvore virtual. Cada click no site corresponde a uma muda de árvore que será doada pelas empresas patrocinadoras do projeto, que posteriormente serão enviadas aos projetos de reflorestamento da Mata Atlântica.

Quer plantar uma árvore virtual?
Basta clicar na imagem abaixo: